Resumão - Copa do Mundo Feminina de Vôlei 2015

Na manhã deste domingo, chegou ao fim mais uma edição da Copa do Mundo de Vôlei Feminino. Para quem ama o esporte e tem o hábito de dormir tarde, a competição foi um prato cheio. Não é atoa que ao lado do Mundial e dos Jogos Olímpicos, se figura no Top 3 da FIVB (Confederação Internacional de Vôlei).  

Foto: FIVB
As melhores seleções dos quatros cantos do planeta se reuniram no Japão, a sede permanente do torneio. Foram 12 equipes em busca de duas vagas antecipadas aos jogos Olímpicos do Rio, em 2016. A FIVB recebeu muitas criticas, especialmente pelo equilíbrio da competição. Na verdade, não foram "12" equipes em busca de duas vagas. Existiu um abismo na Copa do Mundo, dividindo o primeiro pelotão e as seleções que foram sem pretensões otimistas ao País Asiático. Lembrando que o Brasil não participou por ser sede da próxima Olimpíada.

As Americanas saíram na frente, consideradas por muitos, a grande favorita ao titulo. Mas em seu caminho surgiu a Sérvia e Rússia, adversários indigestos que foram cruciais no Tetracampeonato da China treinada pela campeã Olímpica e mundial, Lang Ping. No fim das contas, o time Americano amargurou o Bronze e agora vai carimbar a vaga Olímpica no torneio qualificatório da NORCECA. A segunda vaga ficou com o time Sérvio.
Foto: FIVB
A premiação também gerou polêmica, em especial da levantadora. As melhores centrais foram a Lescay (Cuba) e Dixon (EUA). O prêmio das melhores ponteiras ficou com Mihajlovic (Sérvia) e Koshelava (Rússia). Melhor oposta: Goncharova (Rússia). Melhor líbero: Castillo (R. Dominicana). Melhor levantadora: Marte (R. Dominicana) e a MVP (melhor jogadora da competição) - Ting Zhu (China). Para muitos, o grande destaque no levantamento da Copa do Mundo 2015 foi a Sérvia Ognjenovic, mas o critério da FIVB não foi pelo mesmo caminho.

Pouco público: O que se viu na competição foi um público modesto. Infelizmente não temos a média da competição, mas era nítido as cadeiras vazias nas Arenas (ginásios). Situação bem diferente nos jogos do Japão, pela lógica de jogar em casa. O Sportv detém os direitos do torneio no Brasil, com a seleção nacional fora, a emissora pouco investiu, transmitindo no máximo dois jogos por rodada. Uma coisa legal foram as transmissões via Youtube. Todos os jogos foram passados no site. Servindo como uma opção fácil e prática a quem gosta do bom "volleyboll".
Foto: FIVB
Equilíbrio: Como falamos logo acima, a FIVB recebeu muitas criticas em relação ao regulamento de inclusão das seleções na Copa do Mundo (duas para América do Sul, duas para América do Norte, duas vagas para Ásia/Oceania, duas para Europa e duas para África). É um prato cheio para discussão. A Argélia, por exemplo. Última colocada. Em 11 partidas: 11 derrotas e acreditem, nem um set ganho, um perdido por 25 a 2. Na última edição, em 2011, o time Argelino fez a segunda pior campanha, com apenas uma vitória. Aqui pertinho do Brasil, o Peru ganhou apenas uma partida. O Quênia duas (pior campanha em 2011). Cuba quatro... Mas isso é uma Copa do Mundo, competição gerada por todos os continentes... Repetindo: Prato cheio para uma discussão. A Argélia é um país Muçulmano, as mulheres que praticam o esporte são perseguidas, restringidas aos seus direitos não apenas no Esporte. É perceptivo a restrição até nos modelos dos uniformes. Bem mais folgado em comparação as demais seleções. Elas já são campeãs só de entrar na competição, de ter o privilégio em participar de uma Copa do Mundo. Tá ai um símbolo de liberdade e igualdade.

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Histórico: Com o título a China quebrou a sequência da Itália de dois ouros seguidos e subiu ao lugar mais alto do pódio pela quarta vez, ao lado de Cuba, também com quatro conquistas. O Brasil nunca foi campeão no naipe Feminino. A Copa do Mundo foi criada em 1973 com sede no Uruguai, a antiga União Soviética foi campeã daquela edição. A partir de 1977, foi transferida em definitivo para o Japão. Onde ocorre sempre um ano antes dos Jogos Olímpicos. 

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