Neste sábado (08) tivemos o jogo de volta da semifinal entre Santos e Iranduba. Com a vantagem de ter vencido fora de casa, o Santos mostrou toda sua força e segue sem perder na Vila Belmiro. O Iranduba, que detém de tantos recordes nessa competição, se despediu de cabeça erguida e fez um bom jogo diante das Sereias da Vila. O placar final foi de 3x2 para as donas da casa e o Seu Esporte Brasil te convida para mais uma análise tática.
A partida começou com a equipe do Santos tentando impor o jogo, sem fugir das características de seu modelo tático. Saída de bola a partir da defesa, passes ''de pé em pé', muita circulação de bola e triangulações pelos corredores laterais para explorar a velocidade de suas atacantes. O Hulk começou o jogo subindo suas linhas, afim de atrapalhar as saídas de bolas das donas da casa. Veja na imagem:
Maurine, Brena e Maria eram as responsáveis por iniciar as ações ofensivas do Santos. A circulação de bola passava sempre nos pés de uma delas para a construção das jogadas:
Mesmo com a pressão exercida pelo Hulk nas saídas de bola, o Santos encontrou uma alternativa: contra-ataque rápido explorando a velocidade e habilidade da artilheira da competição, Sole Jaimes. Assim estava aberto o placar na Vila Belmiro, aos 4 minutos de partida. A equipe paulista aproveita os momentos de desequilíbrio defensivos das amazonenses e aos 9', quase chegou ao segundo gol, após uma inversão rápida de bola.
Postadas no sistema 4-1-4-1 no momento defensivo, as Sereias da Vila fechavam bem o centro de jogo, forçando o Iranduba a jogar pelos corredores laterais do campo.
O time do Amazonas, por sua vez, tinha um modelo de jogo diferente das paulistas. Buscava lançamentos longos para suas extremas (pontas) e quando começava a construir a partir da defesa, verticalizava o jogo, sem muita circulação de bola. Djeni procurava jogar entrelinhas e participar da criação das ações ofensivas, mas as poucas jogadas realizadas no centro eram controladas pelo time mandante. A estratégia do Hulk começou a ser de aproveitar os espaços laterais e lançar bolas aéreas na área do Santos, através de cruzamentos, e deu certo. Após mão de Brena na área, pênalti convertido pela camisa número 8 Djeni, destaque do Iranduba na partida. Tudo igual no placar até então.
As visitantes cresceram conforme os minutos foram se passando e compactaram mais seu setor defensivo. Duas linhas de quatro, que conseguiram equilibrar as ações do jogo:
O Santos criava suas oportunidades ofensivas a partir de muita triangulação, principalmente pelos lados do campo e assim criava suas melhores chances. A movimentação de Sole Jaimes, saindo do centro para as pontas, gerava mobilidade ao ataque, além de criar espaços para suas companheiras avançarem em profundidade:
A entrega defensiva das duas equipes não permitiu mais gols nos primeiros 45 minutos. O Santos continuava a fechar espaços no centro de jogo e Ketlen, não tão participativa no ataque, foi importante para equilibrar as ações da defesa santista. Observe na imagem:
O segundo tempo iniciou-se com os dois times brigando pela posse da bola, mas o Santos mudou sua postura e decidiu subir suas linhas para marcar as saídas do Iranduba (imagem). Surtiu efeito, pois aos 7 minutos, Sole Jaimes em uma jogada individual pelo lado do campo deixou as Sereias na frente mais uma vez.
O Iranduba utilizando de sua estratégia ainda conseguiu empatar a partida, em um momento de mais tranquilidade das paulistas. Infelizmente, não foi o suficiente. Aos 47 minutos, Brena acertou um belo chute fora da área e sacramentou o placar, classificando as Sereias da Vila para a tão sonhada final.
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Twitter: @camilaaveiro
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