Neste domingo (09) foi definida a última vaga para a grande final do Campeonato Brasileiro da Série A1. O Rio Preto, mesmo com a vantagem da vitória no jogo de ida, não conseguiu segurar a equipe do Corinthians, que venceu pelo placar de 1x0. O Seu Esporte Brasil traz mais uma análise tática, pra explicar o que rolou nesse confronto.
As donas da casa começaram com a posse da bola e conseguiram finalizar ainda nos primeiros segundos de partida, mas o panorama mudou rapidamente. Característico da equipe alvinegra, as meninas do Corinthians buscavam construir sua fase ofensiva a partida da defesa, com muita troca de passes e circulação de bola. Por outro lado e também fiel as suas características, o Rio Preto adiantou sua marcação e anulou as ações adversárias:
A estratégia das visitantes funcionou. A marcação intensa e com várias dobras impediam o Corinthians de chegar no campo ofensivo de jogo. A posse de bola no seu terço mais defensivo (perto de sua própria baliza) quase foi fatal. Em duas roubadas de bola o Rio Preto quase abriu o placar.
Darlene ditava o ritmo. Dedicada na fase defensiva e muito importante no ataque, sendo a maior referência da sua equipe, deu trabalho a defesa adversária. Buscava jogo entrelinhas (imagem) e também caindo pelos flancos (os lados do campo), indo de encontro ao modelo de jogo apresentado pelo seu time: velocidade de suas atacantes e meias, individualidade predominante no 1x1, que não oportunizava o Corinthians a ter a posse de bola.
As melhores chances das alvinegras vieram de duas bolas paradas, pois encontrava dificuldade para quebrar a superioridade numérica do Rio Preto no setor da bola:
Era nítido a maior presença das visitantes no campo ofensivo, forçando o Corinthians a errar muitos passes e acelerar o jogo, através de bolas mais longas, sem sucesso. Assim acabava o primeiro tempo, sem mais chances de gol para ambos lados.
Os últimos 45 minutos começaram bem diferentes. A equipe da casa precisa da vitória para se classificar, foi em busca dela e subiu ao campo ofensivo em bloco (suas jogadores mais próximas verticalmente). Observe a posição da linha de defesa:
As alvinegras aos poucos foram impondo seu modelo de jogo, encurralando o Rio Preto no seu campo defensivo. Muitas triangulações para infiltrações em profundidade e inversões de bola originavam boas chegadas, principalmente pela participação mais assídua de suas referências frontais: Nenê e Byanca Brasil.
A movimentação de Gabi Nunes (saindo do meio para os flancos) também contribuiu para a construção do jogo ofensivo de maneira apoiada, como gosta o Corinthians. Aos 15 minutos, após boa troca de passes circulando a bola pelo campo, veio o escanteio que originou o gol de Pardal. Estava inaugurado o placar.
O Rio Preto perdia o jogo e também a cabeça. Darlene, por reclamação, foi expulsa levando o segundo amarelo. Com sua ausência, as donas da casa aproveitaram o bom momento e subiram suas linhas de marcação, pressionando ainda mais as visitantes:
Aos 23' o Rio Preto poderia ter empatado e obrigou Lelê a realizar boa defesa, após um lance de infiltração pelo centro de jogo da equipe adversária. O poder ofensivo do Rio Preto começou a declinar. O Corinthians pressiona, recuperava a posse de bola e buscava o contra-ataque, tentando aproveitar a desorganização da defesa. Também sem sucesso. A equipe visitante ainda teve mais uma atleta expulsa, pelo menos motivo da anterior, e não conseguiu o que precisa: um gol de empate poderia ter selado sua classificação.
Teremos agora clássico paulista na final e queremos saber: pra quem vai a sua torcida?
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Twitter: @camilaaveiro
Muito boa sua analise, quando vai ser a final ? tomara seja na Arena Corinthians.
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